O réu Otávio Cardoso, acusado de assassinar a estudante Bárbara Regina, em setembro de 2012, foi condenado a uma pena de 26 anos, seis meses e 30 dias em regime fechado, além do pagamento de multa. A informação foi repassada à imprensa por volta das 16h15 desta terça-feira (28), pela assessoria de Comunicação do Ministério Público Estadual (MP-AL).

Com a decisão do júri, o réu continuará preso.

O julgamento

Otávio foi ouvido na manhã desta terça-feira (28), durante seu julgamento, no Fórum do Barro Duro, e reafirmou que apenas deu uma carona à jovem até a Avenida Álvaro Otacílio, próximo ao Banco do Brasil, na Ponta Verde. Ele contou que, ao deixar Bárbara, passou em um posto de gasolina, localizado no Farol, para comprar cigarros e tomar café.

Questionado pela promotoria sobre por que não indicou uma testemunha para confirmar tal versão, disse que não lhe passou pela cabeça e que “não tinha como mandar chamar” os funcionários do posto, pelo fato de estar preso.

Sobre o uso do aparelho celular da vítima, o acusado disse que fez apenas uma ligação, no dia seguinte, quando encontrou o objeto em seu carro. “Nunca cometi crime nenhum contra essa moça. O que eu tenho a dizer ao senhor (juiz) e para a família é que eu não tenho nada a ver”, reforçou o réu.

Além dele, também foram ouvidas três testemunhas e a mãe da vítima, Valéria Leite da Silva. Ela contou que Bárbara lhe avisou, por telefone, que estava saindo da boate acompanhada de um rapaz, e que chegaria em casa em poucos minutos. Reforçou ainda que a filha “era uma pessoa totalmente responsável” e não levava uma vida desregrada.

O proprietário de um lava-jato no bairro do Pinheiro, José Cícero dos Santos, que lavou o carro de Otávio na segunda-feira posterior ao fato (madrugada de sexta para sábado) foi uma das testemunhas ouvidas. Ele disse que o veículo apresentava sujeiras comuns, como areia levada ao carro por calçados. Mas não havia barro ou vestígios de cana.

O júri do acusado foi conduzido pela 8ª Vara Criminal de Maceió e presidido pelo juiz John Silas da Silva.

O caso aconteceu na madrugada do dia 1º de setembro de 2012, quando Bárbara foi vista deixando a boate Le Hotel, na capital, acompanhada de Otávio, conforme imagens de câmeras de segurança. O corpo da estudante nunca foi encontrado.

*Com Assessorias MP e TJ