Fala, pessoal! Hoje vamos começar um especial em homenagem a carreira do diretor Quentin Tarantino! Durantes os próximos meses, às segundas-feiras, teremos uma resenha para cada filme do diretor até a estreia, no dia 15 de Agosto, de seu nono longa-metragem: "Era uma vez em Hollywood". E para começarmos de fato pelo início trago "Amor à Queima-Roupa" (1993), que foi o primeiro roteiro assinado por Quentin, mas dirigido por Tony Scott.
"Amor à Queima-Roupa" é um longa intimamente ligado ao sucesso de Quentin Tarantino. Graças a venda do roteiro o desconhecido Quentin conseguiu levantar recursos para produzir seu filme de estreia, "Cães de Aluguel".
Apesar da direção de Tony Scott, o longa já ensaiava a aura politicamente incorreta de Tarantino. Os diálogos são uma miscelânea de fragmentos de sua vida pessoal com uma história baseada nos escritos de Roger Avary.
A trama traz um casal apaixonado tentando vender uma mala de cocaína roubada por engano para um famoso produtor de Hollywood.
Clarence (Christian Slater), um jovem obcecado por Elvis Presley e filmes de Sonny Chiba, vê a oportunidade de viver uma vida tranquila com Alabama (Patricia Arquette) após a transação, mas a polícia e mafiosos italianos entrarão em rota de colisão com os planos do casal.
O longa de Tony Scott foi mal nas bilheterias apesar do elenco, que contava com gente de peso como Christopher Walken, Dennis Hopper e Gary Oldman. Brad Pitt em início de carreira e James Gandolfini, antes do sucesso televisivo em "Sopranos", também dão as caras.
O clímax reúne vários interesses em lados opostos, seguindo a cartilha dos velhos faroestes de Sérgio Leone, referência declarada de Tarantino.
Aqui sai de cena o velho oeste e toma lugar um tiroteio alucinante dentro de uma apartamento repleto de armas cuspindo balas.
Tenho que destacar também o belo confronto de palavras, ameaças e provocações entre os personagens de Christopher Walker e Denis Hopper.
Alçado ao status de cult, "Amor à Queima-Roupa" foi um verdadeiro ensaio para o que viria adiante. Ao rever o longa ficou claro para mim a forma que esse roteiro conversa com toda a obra de Tarantino, como se o diretor sempre estivesse dando um jeito, em seus filmes seguintes, de revisitar seu próprio passado.
7.0
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