Embarque na alucinada sessão de terapia de "The Dirt - As Confissões do Mötley Crüe"

08/05/2019 12:04 - Resenha100Nota
Por Bruno Omena
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Nunca fui fã de heavy metal e meu conhecimento sobre esse segmento musical é baixíssimo, mas isso não me impediu de aproveitar ao máximo a viagem pulsante de "The Dirt - As Confissões do Mötley Crüe" (2019).

Produzido pela Netflix, a cinebiografia da banda Mötley Crüe é uma terapia compartilhada dos integrantes do grupo que tirou seus primeiros acordes em Las Vegas e rodou o mundo com seus hits. Com  um ar debochado e sem "passar pano" para as derrapadas dos rockeiros, o longa do diretor Jeff Tremaine é um respiro de honestidade e irreverência em meio a tantas cinebiografias musicais "chapa branca", que insistem em esconder falhas e elevar os biografados ao status de semi deuses. 
Contar a história a partir da perspectiva dos quatro músicos foi uma escolha certa, que nos aproximou de suas rotinas politicamente incorretas. Com isso, "The Dirty" quebra a quarta parede e conversa com o espectador numa espécie de "Curtindo a Vida Adoidado" com sexo, drogas e shows.
O foco do filme está na conexão entre seus personagens principais, que encontram na banda uma família mais funcional que as de origem. Aqui não há a preocupação em desfilar sucessos da banda para ganhar a audiência e encobrir deficiências narrativas, como aconteceu recentemente com "Bohemian Rhapsody". Tão pouco proteger os biografados ou vitimizá-los.

"The Dirt" tem a chamada "atitude Rock N Roll". É uma produção carismática, vibrante, suja, descolada e divertida. 

8.5

*Disponível na Netflix

*Instagram para contato: resenha100nota

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