Inicialmente foram as intrigas dos sete reinos que me conquistaram no mundo criado pelo escritor George R. R. Martin. O plot dos caminhantes brancos e dragões me incomodaram a princípio, mas aos poucos fui assimilando a fantasia àquele lugar medieval. Talvez por isso minha satisfação com o primeiro episódio da tão aguardada última temporada de "Game of Thrones".

Após os eventos da temporada anterior, boa parte dos núcleos convergiu para Winterfell e com isso o barril de pólvora foi aceso.
Os nortenhos não aceitam a renúncia de Jon Snow em prol do reinado de Daenerys, tão pouco a presença dos Lannisters em suas terras. Sansa e Arya firmam laços e questionam Jon sobre a fidelidade à família. Theon parece finalmente ter encontrado sua redenção e recuperou sua dignidade. Em Porto Real, Cersei mais uma vez mostra sua disposição em sedimentar as alianças para vencer a guerra, enquanto Jaime reencontra um "velho amigo" no Norte.

A volta de GoT conversa bastante com a primeira temporada. A chegada do comitiva de Daenerys em Winterfell é uma referência direta ao desfile dos Baratheon e o olhar curioso dos nortenhos. O garoto que surge se esgueirando e escalando uma árvore seria uma lembrança ainda viva do pequeno Bran, assim como a fascinação de Arya com os visitantes.

Entretanto, o episódio foi além do espelhamento e como já adiantei, os conflitos foram levantados pelos roteiristas e um racha entre Stark e Targaryen parece inevitável. 
Jon tem sentimentos óbvios pela mãe dos dragões e o vínculo entre eles só aumenta. Aqui a direção incluiu uma brincadeira com o casal voando nas feras que achei extremamente piegas e fora de hora. Eu entendi a intenção, mas a execução não me agradou.

O melhor momento do episódio foi o diálogo revelador entre Sam e Jon. Ciente de sua descendência, Snow é pressionado pelo amigo a tomar a decisão certa e novamente seus atos deverão entrar em rota de colisão com Daenerys.

O inverno já chegou e a guerra também.

9.0

*Diponível nos canais HBO

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