O deputado estadual e ex-secretário de Finanças de Cajueiro, Bruno Toledo, afirmou que não houve uso de recursos públicos que eram vinculados a outras ações, seja na saúde ou educação. O deputado se posicionou após a Justiça ter determinado a indisponibilidade de bens da ex-prefeita de Cajueiro, Lucila Régia Albuquerque Toledo e do deputado, que à época era secretário.

Em nota, o deputado disse que estranhou o fato de não ter sido ouvido no processo que determinou o bloqueio. Ele acrescentou que nas ações desenvolvidas pela Secretaria, na época, não houve qualquer ilegalidade.

“O recurso oriundo do ICMS é ordinário, assim como o repasse do FPM, podendo ser utilizado com responsabilidade e dentro da legalidade, como foi feito. Não houve superfaturamento de absolutamente nada. Tudo ocorreu dentro dos trâmites legais e com respeito a lei, como sempre costumo agir”, afirmou o parlamentar.

Bruno disse que está tranquilo quanto ao que aconteceu e que espera ser notificado o quanto antes para então poder se pronunciar no processo e mostrar a realidade dos fatos.

“Acredito que, diante do fato de eu não ter sido ouvido, o juiz foi induzido ao erro por conta de denúncias infundadas que são motivadas por questões políticas paroquiais”, afirmou Toledo.

Bruno disse que sempre conduziu a vida pública pautada por valores que lhe são caros, como a ética, transparência e zelo com a coisa pública.

“Sigo confiante na Justiça. Afinal, a verdade sempre prevalece. E neste caso: reitero que nunca houve nada que pusesse a mínima mácula nos procedimentos adotados enquanto fui secretário, assim como não há enquanto parlamentar. Aguardo a notificação judicial em relação a esta decisão para tomar as medidas cabíveis. Mais uma vez reforço: estranha-me o fato de até este momento não ter sido sequer citado anteriormente sobre o assunto”, finalizou o ex-secretário.

O caso

A Justiça determinou a indisponibilidade de bens de Lucila Régia Albuquerque Toledo, ex-prefeita do município de Cajueiro, e Bruno Albuquerque Toledo, ex-secretário de finanças, por improbidade administrativa. O bloqueio está limitado a R$ 168.544,86.

Segundo a denúncia, a ex-prefeita teria utilizado dinheiro de uma das contas da Prefeitura para o pagamento de contratações artísticas ilegais, referentes ao Carnaval de 2014. A conta era destinada ao recebimento de repasses estaduais do ICMS, que seriam utilizados nas áreas de Educação e Saúde.

O valor das atrações, ainda de acordo com a denúncia, foi superfaturado, chegando ao total de R$ 84.272,43, e as licitações continham diversas irregularidades.

*com Assessorias