O presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Alagoas (Fetag-AL), Gilvado Teles, contestou a medida do Governo Federal em privatizar o Banco do Nordeste e atacou o ministro da Economia, durante entrevista à Rádio Novo Nordeste.
De acordo Teles, a realidade no campo mudou com os incentivos dados pelo Banco do Nordeste, principalmente sobre a o fomento da agricultura familiar. “No começo do ano o ministro da economia Paulo Gudes traz a pauta da privatização do banco do Nordeste (BNB) ou a sua unificação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS). O Ministro da Economia só visa lucro, enquanto a gente visa a vida do homem e da mulher do campo. Defendemos que o banco do Nordeste continue público e não privado”, explicou Givaldo Teles.
O presidente falou da importância do BNB para a agricultura familiar. “A gente sabe que o BNB fomenta a agricultura familiar e o comercio local. Em Alagoas e no Nordeste brasileiro tem ajudado a muitos agricultores principalmente os pequenos. Então o Banco do Nordeste fomenta a agricultura familiar, beneficia pequenos agricultores, por meio do CrediAmigo e isso tem mudado a realidade do campo”.
O presidente da Fetag informou que já solicitou uma reunião com os representantes de Alagoas na bancada Federal. “Queremos ouvir a bancada Federal em Alagoas esperamos que os deputados sejam sensíveis, o posicionamento do líder da bancada, Mas Beltrão, é favorável para que o banco não seja privatizado, esperamos que sejam sensíveis a não votar pela privatização que seria um crime visto a importância do Banco para o Nordeste”.
Em relação a possível unificação com o BNDS, Givaldo Teles disse que “é melhor que tenha a junção do que privatizar, porque privatizar é entregar um patrimônio brasileiro a um capitalismo europeu, mas não sabemos o que está por traz dessa fusão, temos que saber se continua público ou se será privatizado”.