O imbróglio escandaloso que revelou um contrato milionário com uma cooperativa baiana para burlar a lei e contratar servidores através de terceirização prestadores de serviço em Palmeira dos Índios fez também conhecer a real intenção do propagado "governo do povo" de Júlio Cezar (PSB) de que não cumprirá a promessa de realizar concurso público no Município.

A constatação veio da própria assessoria do prefeito que na segunda-feira, 22, para justificar o contrato milionário com a cooperativa baiana Cooperserba expôs que "a terceirização é uma tendência para evitar custos".

A secretária de administração Cinara Barbosa alega textualmente que a terceirização representa custos menores para o município.

A informação mais precisa é do próprio Procurador Geral do Município Marcondes Oliveira e está publicada (imagem ao lado) no portal oficial do município (clique aqui) que afirma em clara posição que "a realização de concurso para a atividade meio pode gerar, no futuro,  problemas previdenciários para o Município, por isso a terceirização já é uma tendência das prefeituras". 

O procurador geral é aquele que detém a confiança do prefeito de quem recebe a delegação dos poderes juridicamente constituídos para representá-lo, e por isso, deve ser avaliado como a posição definitiva da gestão de Julio Cézar.

A posição desfaz a promessa do prefeito de Palmeira dos Índios que em 09 de agosto do  ano passado prometeu em entrevista coletiva que até dezembro passado assinaria o contrato com a COPEVE e que este ano realizaria o concurso público em quatro grandes áreas: Saúde, Educação, Assistência e Administração.

Tem cerca de 1000 contratados aqui, isso é nocivo ao município. Precisamos romper esse clientelismo, é pressão no prefeito, vereador... Estamos fechando acordo com a Copeve, uma empresa séria sem dedo de ninguém, vamos promover esse grande concurso”, se comprometeu o prefeito, que não cumpriu mais uma vez - até agora - a promessa de campanha e como se percebe nas declarações de seus assessores diretos não será realizada. 

Como se constata acima o prefeito confessa a irregularidade em sua gestão com a contratação de mil prestadores de serviço, inchando a folha do município e enfraquecendo o fundo de previdência municipal, já que esses servidores não contribuem diretamente para o Palmeiraprev,  inclusive sem direitos trabalhistas a que fazem jus. 

Em um  áudio da entrevista coletiva de Julio Cezar em agosto do ano passado com a promessa de firmar contrato com a COPEVE para a realização de concurso até agora não cumprida.