Fatos e coincidências que o perigoso mundo da política sempre é capaz de unir. Homenageados em 2003 e 2004 por indicação do deputado estadual Flávio Bolsonaro, o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega e o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira, estão entre os presos e procurados na Operação Os Intocáveis, em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio.
Eleito senador no ano passado, Flávio Bolsonaro (PSL) sempre foi próximo de policiais militares. Ronald, um dos detidos, e Adriano, são suspeitos de participar de um grupo de extermínio chamado de Escritório do Crime, que estaria envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
Operação foi comandada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil.
Os presos integram a milícia mais antiga e perigosa do Rio de Janeiro. O grupo também atua com venda de segurança, receptação de mercadorias roubadas, grilagem de terras, entre outras ilegalidades.
Além de ainda dever esclarecimentos sobre depósitos suspeitos de servidores de seu gabinete na Assembleia Legislativa, Flávio Bolsonaro terá que se explicar sobre essa proximidade com criminosos.
Já há quem afirme nas redes sociais sobre uma profunda relação entre o clã Bolsonaro e milicianos no Rio.
Aguardemos.