Uma reclamação trabalhista de 17 de maio de 2018 (RTSum-0000161-35.2018.5.19.0063), promovida por oito atletas (Leandro Thomas Batista da Silva, Josias Miranda da Costa Neto, Lucas da Silva Santos, Saulo Rafael da Silva, Julio Andre Avelino do Nascimento, Diogo Jurandir Batista, Domivanio Alves de Souza Junior, Gilberto Francisco Martins, Andre Pereira dos Santos) decorrente da atual administração do presidente Antônio Umbelino da Silva que possui o lastro financeiro da gestão do Prefeito Julio Cezar pode deixar o Clube Sociedade Esportiva, o glorioso CSE sem estádio.
A dívida inicial cobrada pelos jogadores ainda sem o cálculo dos juros e multa é de R$121 mil.
Sem nenhum recurso em conta corrente em que pese a Lei municipal n.º 2.120, de 02 de março de 2017 que autoriza o Município de Palmeira dos Índios a destinar ao clube tricolor R$100 mil quando o time estiver em atividades profissionais e até R$50 mil nos demais períodos, os reclamantes não lograram êxito na tentativa de bloquear as contas do CSE e partiram para penhorar o patrimônio do clube.
No cartório do 2º Ofício o Estádio Juca Sampaio está registrado em nome do CSE e a escritura pública data de 1961.
A juíza Caroline Bertrand Rodrigues Oliveira de posse do documento determinou então que se penhorasse o Estádio Juca Sampaio para que em leilão possa apurar o quanto devido aos atletas e sanar a dívida.
O estádio que fica localizado em área nobre da cidade está avaliado em R$600 mil reais e qualquer cidadão poderá arrematar para si, desde que pague a quantia em juízo, quando a praça da leilão for executada.
O presidente Antonio Umbelino da Silva figura como parte ré na ação e também pode ser responsabilizado financeiramente pela dívida.
Relembre o caso
Após uma derrota no campeonato alagoano de 2018 por 4 a 1 para o Dimensão Saúde, bastante irritado, o prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar (PSB) concedeu entrevista ao radialista Anselmo Robério na Palmeira FM, comentando a derrota do Time.
Júlio Cezar afirmou na época que o time era fraco, que não sabe de onde vieram os jogadores e que não é seu papel na condição de prefeito contratar atletas. “Acho que esses jogadores foram vendidos para o Dimensão Saúde, dei todas as condições desde o campo e as passagens para os jogos”.
“Esse time fez vergonha e não quero ver nenhum jogador na cidade. Devolvam a camisa para ser lavada com sal grosso”, disse o prefeito, tentando justificar o fracasso do clube no campeonato de 2018.
O CSE acabou rebaixado e os atletas, hoje reclamantes na Justiça do Trabalho, antes mesmo de terminar o campeonato foram demitidos, em razão do destempero do prefeito à época.
Hoje o Estádio serve apenas para treinamento do rival CSA que após ascender á primeira divisão brasileira de futebol atrai holofotes da imprensa nacional para si e consequentemente para onde está treinando ou jogando.
Com esse intuito, o prefeito palmeirense convidou o clube azulino para tentar pegar uma "sobra" dos holofotes da imprensa nacional, mas esqueceu que jogou debaixo do tapete as dívidas do clube palmeirense e a a situação vexatória por que passa o clube com a penhora de seu estádio.