Em sessão extraordinária realizada na tarde desta sexta-feira (28) a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Arapiraca para o biênio 2019 -2020 foi anulada. O vereador Léo Saturnino (MDB) seria o próximo presidente da Casa Legislativa, mas com essa decisão, Jairo Barros foi escolhido como novo presidente da Casa. 
O requerimento solicitando a anulação foi apresentado pelo grupo de situação da Prefeitura de Arapiraca na noite desta quinta-feira (27). Com muito tumulto, a votação teve que ser suspensa após o vereador Pastor Marcos Caetano passar mal e a sessão desta quinta (27) foi suspensa.
Os vereadores que votaram a favor do cancelamento da eleição foram: Melquisedeque, Fabiano Leão, Aurelia Fernandes, Dr. Fábio, Jairo Barros, Pastor Marcos Caetano, Thiago ML e Willomaks Magalhães. Contra a anulação votaram Rogério Nezinho, Edvânio do Zé Baixinho, Fábio Henrique, Gilvania Barros, Moisés Machado e Sérgio do Sindicato.
A atual presidente, professora Graça, não votou,  Em entrevista a  Rádio 96 FM, o vereador Léo Saturnino disse que vai entrar na Justiça para resolver a questão e classificou como retrocesso na democracia a postura adotada na sessão desta sexta-feira (28). A Câmara de Arapiraca está dividida entre dois grupos politicos, um liderado pelo vice-governador Luciano Barbosa e o deputado estadual Ricardo Nezinho e o outro pelo prefeito Rogério Teófilo que saiu vitorioso besse pleito que já tinha definido o presidente.
“A Câmara está tendo um retrocesso na democracia e a gente fica triste com essa postura. Isso foi feito às escuras e espero que tenha um final feliz. Ontem quando começou a sessão não tinha nem a pauta do dia. Começou os trabalhos da Casa com atraso e não tinha material de expediente, o que confirma a total irregularidade com que as coisas foram feitas, mas quero que a população de Arapiraca saiba que isso vai me impulsionar para continuar o meu trabalho", desabafou Leo Saturnino
O vereador explicou que todos os trâmites da eleição, que foi realizada em 2017, ocorreu com base no Regimento da Casa de Herbene Melo e questionou a votação ter sido realizada somente agora, último dia de sessão do ano.
“Um grupo entendeu que houve vício no andamento do processo, mas sempre fiz tudo seguindo os trâmites que o estatuto interno exige. Como é que eu pratiquei vicio há um ano e sete meses e esperaram até agora para que isso fosse votado? Isso está errado e foi feito de forma obscura, no último dia de sessão do ano. A matéria já foi votada e aprovada ontem. Aprovaram uma Lei para destituir a minha e hoje já vai acontecer a eleição...é complicado”, finalizou.