Seguindo a mais nova tendência das adaptações, a Disney põe nas telas a versão em live action do Ursinho Pooh. "Christopher Robin" se revela uma adocicada fábula sobre a importância que damos as coisas e as pessoas a nossa volta, e também sobre a maneira como gastamos o nosso tempo.

Ewan MacGregor ("Moulin Rouge"), dá vida ao ocupado Christopher Robin, que quando criança criou fortes laços com os amigos de pelúcia que acompanhavam as aventuras de infância, em especial o urso Pooh, mas que na vida adulta colocou a família em segundo plano para se dedicar às exigências do trabalho.
Após um inesperado reencontro, Christopher embarca numa viagem ao lado de Pooh para descobrir onde os antigos amigos se esconderam. 
Dirigido por Marc Forster ("Em Busca da Terra do Nunca"), o filme emociona quando aposta na interação do protagonista com o ursinho falante, mas tem alguns problemas de ritmo e sofre pela falta de relevância dos coadjuvantes. O roteiro segue uma linha previsível e os diálogos do terço final exageram na simplicidade. Apesar desses apontamentos, a mensagem transmitida pode te deixar com os olhos marejados.
Crescer e assumir as responsabilidades de gente grande não é fácil. Vivemos numa longa corda bamba tentando equilibrar o presente pensando no futuro. Por vezes, para não cair precisamos olhar para o passado e lembrar da nossa versão mais leve e descompromissada. Dos tempos em que os sonhos não tinham preço e dependeriam apenas da vontade de seguir.

Definir a importância que cada elemento ao nosso redor precisa receber pode ser o caminho para não esquecermos o que nos motiva sonhar. Talvez seja preciso se perder para se achar, e na vida agitada e corrida que levamos devemos reservar um tempo para o nada. Pois no nada podemos fazer tudo que queremos e não há nada melhor do que não fazer nada com aqueles que queremos bem.

7.5

*Disponível nos cinemas