Indicado ao Oscar de melhor animação em 2018, "Com Amor, Van Gogh", conta a peregrinação do jovem Armand Roulin para entregar a última carta do pintor holandês endereçada ao irmão, e no caminho, ao ouvir as impressões das pessoas que interagiram com Van Gogh, entender o que o levou a dar fim à própria vida.

Inteiramente pintado por mais de cem artistas recrutados para o trabalho, o filme funciona como uma obra de arte em movimento. Seguir as pistas deixadas pelo famoso holandês nos ajuda a imaginar sua personalidade a cada testemunho sobre seu comportamento.
Declarado o pai da arte moderna após a morte, Van Gogh produziu mais de 800 pinturas, mas, por incrível que pareça, só conseguiu vender uma em vida. 
Isso só me faz refletir sobre a dificuldade das pessoas em lidar com gênios improváveis. 
Reconhecer que o homem que cortara a própria orelha fosse capaz de transformar em arte as pequenas coisas da vida, através de traços singulares, provavelmente incomodou os "normais" e abastados.
Vicent Van Gogh queria comover as pessoas com sua arte e que elas soubessem que ele sentia profunda e ternamente. Eternizado pelas tintas e pela história, sabemos e também sentimos.

9.0