Durante uma rápida passagem pela Alemanha, a mochileira Clare (Teresa Palmer) encontra o jovem  professor alemão Andi (Max Riemelt), por quem se sente atraída, mas o que deveria ser um rápido romance de viagem torna-se um pesadelo quando ela é forçada a ficar presa no apartamento do affair.

Diferente da síndrome de Estocolmo, em que a vítima cria afeição por seu raptor, em "A Síndrome de Berlin" (2017), o carinho inicial se transforma em pavor pelo cárcere privado. 
O roteiro explora os conflitos e o filme não tem pressa em resolver a história. Teresa Palmer transmite a angustia que pede o papel, mas o grande destaque está na figura controversa do antagonista.
Andi é refém dos próprios sentimentos. É um homem que perdeu pessoas queridas e tem dificuldade em lidar com essas emoções. Provavelmente, é a origem da psicopatia do personagem, que foge do clichê bidimensional do gênero.
Nos cativeiros da vida, por vezes somos os guardiões das chaves que fecham as portas atrás de nós. Criamos celas, prisões à prova de fugas, mas nunca à prova de sentimentos. 
Que possamos sempre escolher a liberdade de ficar ou seguir em frente.

7.8

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