O que torna "Um Dia" especial?
Por vezes tentamos voltar ao dia em que algo especial aconteceu. Viajamos nas lembranças buscando sentir novamente o sabor que parece nunca ter nos deixado. É o gosto do "se". São sentidos que podem despertar com o som de uma música ou o perfume que nos encontra acidentalmente. E a lembrança de um dia nos abraça, assim como a saudade daquilo que não vivemos.
Dexter (Jim Sturgess) é um jovem com fome de vida e pressa para curtir sua juventude. Seus excessos lhe custam mais do que dias. Custam momentos.
Emma (Anne Hathaway) é uma talentosa escritora, que carece de confiança em si mesma, e busca mais do que apenas um dia feliz.
A amizade dos dois é o símbolo da troca de diferenças. Dexter estimula a ousadia de Emma, que tenta emprestar um pouco de serenidade para o amigo. Mesmo com a distância, eles desenvolvem o ritual de uma vez ao ano se encontrar, na inconsciente tentativa de resgatar as mesmas pessoas que passearam no primeiro 15 de julho juntos. Mas todos mudam. E por mais gostoso que seja voltar ao passado para rever uma época, a mudança é importante e necessária. Triste de quem permanece o mesmo.
Desse modo, Dexter e Emma passam o filme tentando entender essas transformações e a própria relação de amor e amizade desenhada anualmente.
Com similaridades ao romance "Cidade dos Anjos"(1998), com Meg Ryan e Nicolas Cage, Um Dia nos provoca a refletir sobre todos os dias. Não apenas a data marcada no calendário, mas também como poderíamos multiplicar esses números para termos mais do que momentos na vida. Para termos uma vida de momentos.
8.5
*Disponível na Netflix










