O Ministério Público Estadual (MPE) cobra da Prefeitura de Maceió e do Governo do Estado o cumprimento das recomendações feitas pelo Serviço de Geologia do Brasil e o Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para solucionar e apontar as causas das rachaduras no bairro do Pinheiro. 

O MP já havia publicado as recomendações no mês de junho e agora abriu um procedimento de investigação para apurar o caso. As rachaduras ocorreram nos meses de Fevereiro e Março, e desde então alguns moradores permanecem fora dos seus imóveis aguardando um laudo final sobre as causas.

Algumas medidas foram solicitadas pelos geólogos após a inspeção feito no local, como o Mapeamento com delimitação integral da área atingida pelo fraturamento; a instalação de uma rede de monitoramento geodésico, montada a partir domapeamento de toda área atingida pelas fraturas (fissuras), incluindo os poços da Braskem; a instalação de uma rede de monitoramento sismográfico; a realização de um levantamento em detalhe com os métodos geofísicos GPR e eletro-resistividade em áreas anômalas identificadas nos radargramas adquiridos na primeira fase de levantamento de dados; o monitoramento da geometria das cavidades geradas pela exploração de sal, desde os poços mais antigos até os recentemente perfuradas, através de perfissônicos ou método semelhante;  o monitoramento da abertura de fraturas, no maior número possível e de forma mais ampla, contemplando toda área atingida pelas fraturas.  

O promotor frisou que já passaram mais de 134 dias do abalo e nenhuma resposta foi dada aos moradores sobre a fenda que abriu no solo e atinge diversos apartamentos na parte alta.

Na época da recomendação, a Prefeitura de Maceió informa que, em relação ao bairro Pinheiro, os estudos e levantamentos necessários estão sendo realizados desde o mês de fevereiro, quando houve o registro do fenômeno na região.

"Por meio da Defesa Civil Municipal, a Prefeitura viabilizou os primeiros levantamentos técnicos com a colaboração de doutores em geologia e geofísica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A partir do relatório preliminar elaborado pelos estudiosos, que não identificaram anomalias que justificassem a ocorrência e recomendaram estudos mais aprofundados, a Prefeitura acionou o Governo Federal e um grupo de trabalho interinstitucional foi formado para dar continuidade aos levantamentos"