O Hotel Fazenda Fiore, localizado no município de Paripueira, em Alagoas, foi condenado a pagar R$ 15 mil a uma cliente que teve um dedo do pé direito amputado após sofrer acidente no local. A decisão foi tomada pelo juiz Luciano Andrade de Souza, da 7ª Vara Cível de Maceió e publicada no Diário da Justiça Eletrônico desta sexta-feira (27).

De acordo com o processo, o acidente aconteceu em janeiro de 2013, após a vítima entrar em um “pedalinho”, para fazer um passeio pelo lago. Quando as cordas do “pedalinho”, depois de desamarradas, foram colocadas soltas próximas aos pés da vítima e de sua amiga, dentro da embarcação. Em determinado momento, a corda se enroscou no dedo mindinho do pé direito da vítima, torcendo-o.

Durante o fato, os funcionários do hotel rebocaram a embarcação até a margem, e a vítima foi levada ao hospital. Lá, os médicos constataram que o dedo precisaria ser amputado.

Por conta do ocorrido, ela entrou com ação na Justiça contra o estabelecimento. Alegou que não houve prestação de socorro por parte dos funcionários.

O hotel afirmou que a autora e os demais que estavam com ela foram alertados, no momento em que entraram no “pedalinho”, acerca dos cuidados que deveriam ser tomados. Entre as indicações de segurança estava a proibição de trocarem de lugar enquanto estivesse no lago, o que não teria sido obedecido.

O estabelecimento sustentou ainda que prestou o devido atendimento à vítima e que os funcionários, após rebocarem a embarcação para a margem, limparam o machucado e o cobriram com uma bolsa de gelo.

Segundo o juiz Luciano Andrade de Souza, houve falha na prestação do serviço. O magistrado destacou ainda que o hotel não comprovou as alegações de que a vítima teria descumprido as regras de segurança.

“A autora sofreu danos graves, tanto físicas como psicologicamente, tendo em vista que a falha na prestação de serviço por parte da ré resultou na perda de um de seus dedos do pé direito, além de proporcionar sequelas na esfera pessoal da autora por ter vivido situação constrangedora decorrente da falta de apoio, afetando-lhe a dignidade”.

*Com Ascom TJ