A defesa da ré Marineide Leite Cavalcante de Almeida alegou inconsistências no processo de investigação e afirmou ter ocorrido uma fraude processual para que Marineide fosse apontada como mandante do homicídio duplamente qualificado contra o empresário do ramo de autopeças, José Roberto Cavalcante de Almeida, 44 anos, em 16 julho de 2012.
Ela está sendo julgada nesta terça-feira (10) no Tribunal do Juri, na 9ª Vara Criminal da Capital, juntamente com o acusados de serem os executores, Jedson da Silva Ferreira e Josivênio Manoel dos Santos. Apesar dessa alegação colocada para imprensa, o promotor que conduz a acusação afirma que o Ministério Público Estadual (MPE) tem provas suficientes para pedir a condenação de todos.
De acordo com o promotor Leonardo Novaes, os réus atuaram junto e as provas materiais e testemunhais do crime comprovam a participação dos três, tendo Marineide como a mandante.
A advogada Lucinda Vicentin explicou que a acusação é inconsistente e que vem acompanhando o caso desde que Marineide foi presa. “A prova que ela é inocente é que passou 10 meses presa e foi liberada. No decorrer, encontramos diversas inconsistências e até um indicio de ilegalidade durante as investigações”, afirmou ela.
Familiares da vítima acompanham o julgamento, que ainda não tem prazo estabelecido para a leitura da sentença.
O caso
O casal viveu junto durante 22 anos e teve dois filhos - estava em vias de separação, após o empresário ter saído de casa, passando a morar provisoriamente na residência dos pais, no bairro de Antares e iniciado um relacionamento com uma adolescente.
No dia do crime, Marineide levou os filhos para a casa do sogro, e momentos depois de sair fez uma ligação para o marido, alegando que estaria sendo agredida. José Roberto saiu e quando passava pela calçada do estabelecimento Verdes Mares foi atingido com um tiro de espingarda calibre 12.
*Estagiária.