Mudança no secretariado de Teófilo tem foco na eleição 2018

10/06/2018 06:47 - Roberto Gonçalves
Por Roberto Gonçalves
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Com uma desaprovação de 73% de acordo com pesquisa realizada recentemente pelo Instituto Ibrape, fruto de uma gestão desastrosa em um período de um ano de cinco meses, o prefeito Rogério Teófilo (PSDB) convocou a imprensa arapiraquense para uma coletiva para anunciar a reestruturação administrativa aprovada anteriormente pela Câmara Municipal onde conta com o apoio de 12 dos 17 vereadores e a mudança do secretariado.

A gestão tucana que chegou ao poder após uma luta de mais de vinte anos, graças a aliança entre o grupo de Teófilo e o grupo político do deputado estadual Severino pessoa (PRB) em 2016, que inclusive indicou a esposa a ex-vereadora Fabiana Pessoa para compor a chapa de vice-prefeita. Os problemas administrativos estão penalizando a população da segunda cidade mais importante do Estado com a ineficiência dos mais diversos serviços públicos essenciais a exemplo de Saúde, Educação, iluminação pública.

A letargia da gestão tucana provocou o abandono dos principais cartões postais da cidade o Lago do Perucaba e o Parque Ceci Cunha e em pleno centro da cidade a Praça Luiz Pereira Lima, na antiga Praça da Prefeitura. A gestão vem sendo bombardeada por graves denúncias que estão sendo alvo de apuração do Ministério Público Estadual (MPE) além da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB e MCCE.

Como já se  esperava, a mudança não passou de seis por meia dúzia, com os cargos ocupados por pessoas focadas apenas em fazer a política em favor do filho Moacir Neto (PSDB) e a reeleição do deputado federal Arthur Lira (PP). O parlamentar, dentro do esquema da aliança com Teófilo indicou o secretário de Desenvolvimento Rural – antiga pasta da Agricultura, Flávio Maurício, vereador licenciado de Feira Grande.

Legislativo se mantém omisso

Na Câmara Municipal Rogério Teófilo conta com o apoio de 12 dos 17 vereadores. Fazem parte do grupo de oposição, os vereadores; Moisés Machado, (PDT) Léo Saturnino (MDB) Sérgio do Sindicato (PPS) Márcio Henrique (PCdoB) e Rogério Nezinho (MDB). O MDB conta com uma bancada de três vereadores são eles; Rogério Nezinho, Fabiano Leão e Gilvânia Barros. No entanto Fabiano Leão e Gilvânia Barros permanecem no grupo de apoio a Rogério Teófilo.

Para manter essa maioria no Legislativo, Teófilo teria obrigado a assistente social, Aurélia Fernandes (PSB) a pedir demissão da secretaria municipal de Saúde para assumir o seu mandato na Câmara e afastar a primeira suplente que estava no cargo, Sineelza Pessoa. O objetivo foi unicamente, retaliar a primeira suplente que é irmã do deputado estadual Severino Pessoa e caso permanecesse formaria mais um nome no grupo de oposição a atual gestão.

Com essa manobra, Rogério Teófilo impediu a formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CEI) que seria formada por seis vereadores para apurar as supostas denuncias de corrução denunciadas contra a atual gestão que estão sendo alvo de investigação do Ministério Público Estadual (MPE).

Temendo as consequências, o gestor foi rápido nesse esquema, colocando Aurélia Fernandes na Casa Herbene Melo. A vereadora foi tão surpreendida com a medida que até o momento, não focou sua atividade no legislativo e tem se pautado apenas, nas duas últimas sessões abordando suas atividades e ações realizadas na pasta municipal da saúde nesse período de um ano de cinco meses.

Sem líder no Legislativo

Rogério Teófilo não tem líder de seu governo na Câmara Municipal e esse papel vem sendo desempenhado pela presidente da Mesa Diretora, Graça Lisboa (PDT). A vereadora, que na gestão anterior fazia parte do grupo da então prefeita Célia Rocha e Luciano Barbosa, faz discursos contundentes, duros contra os pares vereadores. Chegou a chamar a imprensa arapiraquense de “marrom” e não vacila em critica e ataques contra qualquer um que tenha a coragem de criticar a gestão tucana.

Enquanto isso, a população se depara com uma Arapiraca parada no tempo e estagnada. Enquanto o prefeito usa a máquina para fazer politicagem prejudicando uma população que apostou e acreditou em uma mudança e em um discurso de transparência, honestidade, participação popular, equilíbrio de gestão e zelo com o dinheiro público.    

 

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