O desespero sentou no colo dos aliados de Temer. Não há candidato viável eleitoralmente para disputar o cargo de presidente, no grupo que eles chamam de ‘centro’, contra os partidos de esquerda como o PT de Lula e o PDT de Ciro Gomes e a candidatura de extrema direita de Bolsonaro.

O grito de desespero foi dado pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Ele afirma que o “centro político está fadado à derrota nas eleições para o Palácio do Planalto caso não se alie para a construção de um projeto único de poder”.

Marun propõe que todos os presidenciáveis desse bloco – casos de Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Rodrigo Maia, Álvaro Dias, entre outros, “retirem suas pré-candidaturas e, durante um mês, discutam um programa “arrojado”, com o objetivo de tirar o País da crise, antes de decidirem quem será escolhido para liderar a chapa e para ser vice.

O problema é que nenhum candidato quer ser carimbado como candidato apoiado por Temer dado ao imenso desgaste. Portanto, qualquer movimento para construção de um grupo “abençoado” pelos governistas não sairá do lugar. E se sair será derrotado.

Enquanto o centro procura um candidato em Alagoas há o silêncio. Quem será o nome com alguma musculatura e densidade política para enfrentar Renan Filho? Ninguém mais trata sobre isso.

A corrida agora fica por conta de um dos ex-ministros de Temer, Marx Beltrão. Apressadamente e isoladamente lançou o seu nome como candidato ao Senado. Não decolou e agora tenta ser vice de Renan Filho.

Não vai dar certo. Renan Filho reina sozinho neste momento sem adversário e sua eleição independe, pelo quadro deste momento, do apoio de Marx. E como política também é confiança, a estratégia do jovem herdeiro da família Beltrão abriu uma imensa desconfiança.

Com o controle da eleição deste ano nas mãos, Renan Filho vai preencher o seu vice com o nome que lhe for mais favorável. Vai precisar de alguém de sua inteira confiança para lhe substituir na eleição de 2022. E Marx Beltrão não é o “cara”, definitivamente.

Fábio Farias, ex do Gabinete Civil, e o vice-governador e ex-secretário de Educação, Luciano Barbosa, se desincompatibilizaram do governo e podem ser escalados. Deixaram os seus cargos exatamente pra isso. Dar a devida segurança ao governador caso os ventos lhe sejam favoráveis para disputar o Senado na ouuuutttttraaaaa eleição.