Apesar de tudo, o partido mais enraizado e com estruturas mais sólida e que voltou a crescer nas pesquisas mesmo com Lula preso, acredita que tem potencial eleitoral e prepara à montagem da campanha à Presidência da República de Luiz Inácio.
É dessa forma que o PT afasta qualquer discussão sobre outra candidatura, o tal do "plano B". Ou seja, julgado e condenado em segunda instância, Lula é candidato.
O partido entende que todas as discussões jurídicas sobre a legalidade ou não da candidatura do ex-presidente não estão encerradas.
Por isso quer dar início a uma campanha em defesa da democracia e da inédita situação de um preso (político) líder das pesquisas eleitorais e de um partido que voltou a crescer.
Noutra ponta, o cientista político Andre Singer lança o seu novo livro – “O Lulismo em Crise: um quebra-cabeça do período Dilma (2011-2016)” – onde ele resgata e analisa a posse de Dilma Rousseff, o impeachment, o que deu errado e o futuro da esquerda.
Dá pra adiantar que ele conclui que a ex-presidente caiu porque contrariou interesses de “dois aliados que Lula tinha conquistado - os bancos e o MDB”.
Andre Singer não faz qualquer previsão sobre o pleito deste ano, mas observa a recuperação do PT e a influência do ex-presidente preso em Curitiba.
Singer não arrisca previsões para a eleição presidencial de outubro, mas vê sinais de recuperação da força do PT e aposta que Lula continuará exercendo enorme influência mesmo preso em Curitiba.
Ele diz ainda que a sobrevivência do PT, PSDB e MDB dependem de um acerto de contas com erros como os revelados pela Operação Lava Jato. “Todos se deixaram contaminar pela corrupção, mas nenhum deles explicou o que aconteceu nem anunciou o que fará para que não ocorra de novo”.
Leia mais sobre a estratégia do PT aqui e aqui sobre o livro de Andre Singer