Se você, caro eleitor, pensa que o seu voto é poderoso e que você poderá mudar os rumos da nação e de Alagoas fazendo uma limpeza nos políticos que nos representam, tem bastante razão.

Mas não muita.

Ao desistir de disputar o comando do país nas eleições deste ano, o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, percebeu que, entre outras questões, tudo está montado para não permitir mudanças e transformações.

O experiente deputado federal Givaldo Carimbão (Avante-AL) vai um pouco além> Para ele, o modelo político e eleitoral atual funciona como uma espécie de ferrolho. O parlamentar lembra que Eduardo Cunha (MDB), ex-presidente da Câmara, com sua tropa em Brasília, que ele financiava, fazia e fez o que queria.

E Cunha ‘gestou’ a atual legislação, caso da redução de 90 para 45 dias do tempo de campanha. Segundo Carimbão, o ex-presidente dizia que essa diminuição atenderia aos ‘grandes políticos’ e partidos representantes de 'grandes interesses’. Quanto a quem tem ideais, ficaria sem tempo de defendê-los.

Portanto, mesmo preso, condenado e cumprindo pena em Curitiba, a lei gerada pelo ex-deputado federal Eduardo Cunha influencia nas eleições, especialmente quanto ao ferrolho que dificulta mudanças profundas no Legislativo.

O que veremos a partir de 2019 será a continuidade do modelo atual na relação Executivo-Legislativo: ‘Toma lá, dá cá’ ou é ‘dando que se recebe’.

Entretanto, não podemos perder as esperanças de mudanças. O nosso voto é, não tanto, mas muito importante e qualquer mudança na representação parlamentar é necessária, mesmo que reduzi