O desembargador José Carlos Malta Marques do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) pediu, nesta quarta-feira (02), vista do recurso do Ministério Público (MP) contra a sentença do júri da ré Mirella Granconato que é acusada de ser a mandante do assassinato da estudante Giovanna Tenório. Mirella foi a julgamento em outubro de 2017 e condenada por ter ocultado o cadáver da vítima.

Conforme explicou a assessoria de comunicação do TJ, o juiz convocado Maurílio Ferraz, relator do processo, votou para dar provimento à apelação, de forma a anular absolvição pelo crime de homicídio e manter a condenação pela ocultação de cadáver.

Ainda conforme o TJ, o desembargador Sebastião Costa Filho adiantou o voto acompanhando o relator. Malta Marques disse que o julgamento será realizado na sessão da próxima quarta-feira (09). O desembargador João Luiz Azevedo Lessa vai aguardar o voto-vista.

O  CASO

Giovanna Tenório foi encontrada morta no dia 06 junho de 2011, em estado  avançado de decomposição, num canavial, no município de Rio Largo. O corpo da estudante estava enrolado em um lençol e apresentava sinais de violência na região das costas. Os peritos também encontraram um cordão de nylon no pescoço da vítima, que  trajava as mesmas roupas de quando desapareceu.

Antônio Bandeira e a mulher, Mirella Granconato tiveram seus nomes relacionados ao rapto e morte da estudante. Giovanna já manteve um caso amoroso com o empresário que havia negado que era casado. Tudo foi descoberto em uma festa em uma boate noturna de Maceió, onde Tony estava na companhia da mulher que flagrou um suposto encontro entre ele - o marido- e Giovanna.

As duas teriam discutido bastante e chegaram a trocar empurrões. Dias após, Mirella chegou a ameaçar por telefone a ex-amante do marido, que manteve alguns encontros com Tony às escondidas, conforme relatos de amigos da estudante.

No dia que a jovem desapareceu, ela teria avisado a família, antes de sair de casa, que não retornaria para almoçar. Giovanna passou a manhã participando do estágio do curso que era matriculada, no Cesmac. O estágio acontecia no Dique Estrada, região Sul de Maceió.
A retornar do estágio Giovanna teria falado a amigas que ia almoçar com um 'amigo' em um restaurante localizado próximo da agência do Banco do Brasil da Avenida Thomaz Espíndola, no bairro do Farol.

Amigas de Giovanna alegam que a estudante não falou o nome do 'amigo', mas demonstrava muita alegria. Foi esse 'amigo' que teria telefonado para ela pedindo para se apressar, pois já estava aguardando a moça. Este foi o último dia que amigos e parentes viram Giovanna com vida.