A entrevista da maior liderança política é o tema em destaque e em discussão no país. Primeiro colocado em todas as pesquisas divulgadas até o momento, o que praticamente lhe garante disputar  o segundo turno e, ainda, com a possibilidade real de, se for candidato, vencer a disputa no primeiro turno.

O ex-presidente Lula trata de todos os temas, repete alguns já conhecidos e fala também de novas questões, caso do envolvimento dos Estados Unidos na crise brasileira, no afastamento da ex-presidente Dilma e no seu indiciamento.

Reafirmou sua tranquilidade diante da certeza de sua inocência e da ausência de provas que o incriminem. "Sabe por que não tenho medo? Porque eu tenho a consciência tão tranquila. Sabe do  que eu tenho medo de verdade? É se esses caras pudessem mostrar à minha bisneta que fez um ano no domingo que o bisavô dela roubou um real. Isso realmente me mataria".

Rejeitou qualquer comparação do atual momento com o período que antecedeu o suicídio de Getúlio Vargas. “Até porque não vou me matar. Eu gosto da vida pra cacete. E quero viver muito. Tô achando que eu sou o cara que nasceu para viver 120 anos. Dizem que ele já nasceu, quem sabe seja eu?

Sobre sua candidatura, disse que ela incomoda tanto à esquerda quanto à direita e deu uma cutucada em Ciro Gomes. Revelou que só há uma unanimidade hoje no meio político: “as pessoas não querem que o Lula seja candidato. O Temer não quer, o Alckmin não quer, o Ciro não quer. Eles pensam: “ele [Lula] vai para o segundo turno e pode até ganhar no primeiro. Se ele não for candidato, em vez de uma vaga no segundo turno, podemos disputar duas”. Aumenta a chance de todo mundo."

Lula acredita que, de uma forma ou de outra, o enfrentamento deste ano será mais uma vez entre o PT e o PSDB. Também acrescentou que tanto a direita quanto a esquerda só chega ao poder com o apoio do PT e do PSDB.

Leia a entrevista na íntegra de Mônica Bérgamo, na Folha: