A operação Deusa da Espada, que resultou na prisão do ex-prefeito de Canapi Celso Luiz e seus secretários, é destacada como o maior legado da gestão do superintendente da Polícia Federal em Alagoas, Bernardo Gonçalves. Ele deixa o cargo no início deste ano.
Em entrevista ao CadaMinuto, Gonçalves afirmou que a prioridade da gestão foi o combate à corrupção e desvio de dinheiro público, o que resultou somente em 2017 na realização de mais de 10 operações na área de desvio de dinheiro público, corrupção e lavagem de dinheiro.
E com tudo isso, mais de 70 prefeituras alagoanas são investigadas, onde prefeitos e ex-prefeitos são apontados como acusado de praticar irregularidades na gestão. Segundo ele, esses os crimes de corrupção ocorrem em diversas modalidades com a utilização dos recursos federais, estudais e municipais.
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Para o superintendente, “a prioridade de qualquer governo seria combater e prevenir a corrupção”, já que juntamente com a impunidade são os principais responsáveis pela baixa qualificação de educação da população e também responsável pelo crescimento caótico da violência.
“Os programas da educação e saúde são alvos constantes das nossas investigações por se tratar de verbas federais e também por ser monitorados pela Controladoria Geral da União. Por isso, temos constantes ações nessas duas áreas, mas todos os recursos enviados aos municípios podem ser desviados”, disse o superintendente.
Em sua posse, em julho de 2015, Bernardo Gonçalves havia enfatizado que as principais metas da sua gestão no estado eram o combate ao crime organizado na administração pública - em especial o desvio de verbas públicas, e o tráfico de drogas.
Ele deixa a superintendência da Polícia Federal em Alagoas após dois anos de gestão. O nome do próximo diretor ainda não foi divulgado.
*Estagiário.