O presidente com o registro de ser o de maior rejeição da história brasileira e também por ser investigado por suspeita de propina no exercício do mandato, definitivamente corre o risco de ser preso quando deixar o governo.
No entanto, como é um “menino danado” e inescrupuloso, certamente trama algo que o deixará protegido.
Alternativas são tratadas, desde uma forma de proteção legal a todos os ex-presidentes, ou a implantação do semipresidencialismo com ele permanecendo no poder como primeiro ministro ou presidente, e até entrar na disputa presidencial em 2018.
Nesse último caso dois fatores facilitariam essa possibilidade de candidatura:
1 - A fragmentação dos votos desde que a candidatura de Lula seja impedida por decisão judicial.
2 – Assim como o aprofundamento das denúncias de existência de um cartel de construtoras em obras em São Paulo, o que desagua num esquema de corrupção nos governos do PSDB em São Paulo e atingem o governador e presidenciável tucano Geraldo Alckmin.
Bom, tudo isso daria certo se estivéssemos vivendo uma novela, o que não é o caso, embora tudo seja possível quando ficção e realidade caminham juntas, aí não há como ter controle sobre o desenrolar do enredo. Portanto, voltemos para a realidade que envolve o “menino danado sentado no trono da presidência”.
É que o governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), saiu indignado de um encontro no Palácio do Planalto. Ele tenta a autorização de um empréstimo de R$ 560 milhões com a Caixa para a recuperação de rodovias e ouviu do novo ministro da articulação política, Carlos Marun, que a liberação só será efetivada após a votação da reforma da Previdência.
No estilo trator e no toma-lá-dá-cá, Marun já levantou todos os pedidos de empréstimos protocolados na Caixa por governadores e prefeitos e condicionou a autorização a entrega de votos dos parlamentares influenciados pelos chefes dos executivos.
E como o presidente “menino danado” vive com todos os seus operadores de uma vida inteira na política agora revelados, que ninguém fique surpreso caso o coronel João Baptista Lima Filho. Ele é homem de extrema confiança, tanto é assim que é apontado como operador de Michel Temer.
O coronel, que já foi citado como envolvido no esquema de corrupção no Porto de Santos, agora foi delatado tendo recebido R$ 1 milhão em propina, em 2014. O repasse teria sido por meio de uma fornecedora do aeroporto de Brasília, a empresa de mídia Alúmi. Essa revelação foi feita pela empresa argentina Corporación América –controladora do aeroporto.
Na época, a operadora tinha como sócia a Engevix, uma construtora investigada na Lava Jato, que teve um dos seus sócios preso. José Antunes Sobrinho negociou um acordo de delação com o Ministério Público Federal, em 2016, e contou tudinho.
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