O ex-governador Teotonio Vilela retorna ao cenário nacional onde a maioria dos seus companheiros de ofício tem frequentado, nos últimos anos, que é a editoria de política que hoje tem muito mais perfil de editoria de polícia.

Porém, no caso dele, também virou motivo de chacota. O codinome Bobão citado por executivos da Odebrecht chamou muito a atenção no suposto esquema de propina nas obras do Canal do Sertão.

Ora, como comentou um político alagoano, se tudo o que foi revelado pela PF e pelos delatores foi verdade, imagina se o Bobão fosse sabido o quanto poderia ter conseguido?

E o Fantasma, alcunha de Marcos Fireman nas planilhas da construtora, será que foi por que não aparecia constantemente para cobrar ou seria um fantasminha camarada?

Deixando as piadas de fora e agora falando sério, o fato é que delação, investigação e denúncia não significam culpabilidade. Então, muita calma nessa hora com as conclusões. Embora o que é relatado é assustador.

O Estadão, por exemplo, traz uma matéria sobre o tema impressionante, baseada na delação de Alexandre Biselli, da Odebrecht. Ele revelou aos investigadores da Lava Jato reuniões e “com o então governador Teotônio Vilela (PSDB) para acertar pagamentos que somaram R$ 2,056 milhões destinados à campanha de 2014”.

Cita locais dos encontros, quem participou, ligações oriundas da sede do governo alagoano marcando reuniões e reuniões com auxiliares do governador. Biselli era diretor de contrato das obras do canal do Sertão.

Leia aqui a reportagem do Estadão publicada recentemente sobre delação de executivos da Odebrecht

EM TEMPO:

João Lyra - Tem causado revolta em muita gente a ação de alguns ex-funcionários e ex-aliados do empresário João Lyra. Eles estão usando os meios de comunicação na tentativa de fazer com o que o ex-deputado federal volte a disputar a Câmara Federal.

Essa tentativa é considerada uma maldade sem precedentes e também uma tentativa de tirar vantagem. Só para lembrar, JL ainda é filiado ao PSD e está completamente afastado da política desde 2013. Esses ex-aliados e antigos funcionários sabem que para disputar uma eleição jogar o nome no ringue é insuficiente.

Thereza Collor – Thereza Collor está fora das eleições em Alagoas. Ela, inclusive, já transferiu o título de eleitor para São Paulo e deverá se candidatar a deputada federal. O partido ainda não está definido, mas a tendência é que seja pelo PSDB, onde tem amigos.

Thereza desistiu da disputa porque descobriu que por aqui tudo já estava armado. Percebeu, portanto, que estava impedida de fazer uma política nova, sem acordos e esquemas. Aliás, sentiu que partidos e caciques iriam impedi-la de disputar o Senado de forma independente.

Já o filho dela, o ex-vice prefeito de Atalaia, Fernando Lyra, neto de João Lyra, analisa uma possível candidatura a deputado estadual pelo PRTB.