Nostálgico e espetacular, Liga da Justiça é um acerto dos grandes

16/11/2017 10:25 - Bruno Levy
Por Bruno Levy
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Diferentemente do rumo que a DC vinha tomando nos últimos filmes, parece que ela decidiu ouvir mais os críticos que os próprios fãs ao tomar como estratégia o abandono de grande parte do tom sombrio e aderir ao colorido e ao humor. Porém, o que não se esperava era a medida perfeita de ambos os tons em Liga da Justiça, o melhor filme da editora no universo compartilhado até o momento.

A dosagem certeira parte quando vemos um Batman mais sarcástico (talvez até um pouco exagerado), um Flash altamente “zoeiro”, um Aquaman mais badass, um Ciborgue atormentado, uma Mulher-Maravilha (como sempre) espetacular e um Superman simplesmente lendário. As misturas de cenas sombrias com o colorido foram bem colocadas, as piadas utilizadas em momentos precisos e as cenas de tensão muito bem caracterizadas.

Cito cinco pontos altos do filme: a cena do Batman caçando um parademônio, a incrível cena das Amazonas em Themyscera tentando salvar a Caixa Materna de Steppenwolf, o reencontro de Clark Kent com a Lois e a Martha (MARTHAAAAA!) no milharal, a luta entre os membros da Liga contra o Superman e as duas cenas pós-créditos, todas com a assinatura clara de Zack Snyder.

Incrível como Ben Affleck caiu como uma luva para ser Batman e também o Bruce Wayne. Desde a escolha dele, mais fãs aderem às suas atuações que são condizentes com o personagem. Henry Cavill vestiu de vez o uniforme do Superman e apresentou a melhor adaptação do herói. Sim, Reeve teve seu tempo, hoje Cavill é o cara.

Ezra Miller como Flash me provocou arrepios a todo instante que ele acessava a força da aceleração. A cena dele tocando a espada, lembrando a pintura de Michelângelo, foi magistral. Ray Fisher, o Ciborgue, me surpreendeu e me deixou bastante feliz. Aquamomoa nem comento, o cara é f#@$! Gal Gadot então? Já será eterna no papel.

A conexão dentre eles foi evidente e a luta do terceiro ato mostrou que a Liga já tinha passado da hora de ter sido criada. O tempo corrido e o CGI de Steppenwolf foram os pontos negativos do filme, que poderia ter durado 2h e 30min, mas sabemos quem é o verdadeiro vilão da história, não é?

As regravações atrapalharam um pouco e deixou o rosto de Cavill um pouco estranho, como se tivesse feito uma cirurgia de reparação labial, mas nada que atrapalhasse visualmente. Liga foi feita exclusivamente para o Superman/Clark Kent e ninguém mais. O vilão não foi ameaça porque a terra teve seu protetor novamente. Este foi o filme da redenção, assim como Jesus Cristo (coisa de Zack Snyder).

De qualquer forma, a Liga da Justiça nos trouxe o sentimento nostálgico de sentar e assistir um episódio da série animada, pois o filme foi feito isso e esse foi o maior acerto da DC até o momento: respeitar a mitologia dos heróis.

Nota 9 - Muito bom

 

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