O ano de 2018 não será um ano fácil para o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB). E não estamos falando de eleições. O problema se encontra em garantir os investimentos e as ações do Estado de Alagoas, que já enfrenta problemas como desabastecimento na Saúde, diante do fato de Alagoas ter a maior queda do PIB entre os Estados do Nordeste e a segunda maior queda do país.  

O levantamento foi publicado recentemente pelo Valor Econômico e a projeção de queda de 2017 é de 1%. Isto já reflete nos planejamentos das ações para o ano que vem. No Brasil, Alagoas só está abaixo do Rio de Janeiro, que passa por sua maior crise fiscal e pode ver o PIB cair em 1,4%.  

A situação não é fácil conforme o estudo denominado “Mapa da Recuperação Econômica”, feita pelos economistas Everton Gomes e Rodolfo Margato, do banco Santander. Os números foram divulgados no dia 12 de setembro. O relatório - conforme os economistas mostram a antecipação do resultado do PIB por unidades da federação. São dados que o IBGE só confirma com três anos de defasagem. O problema é que Alagoas - assim como outros estados da federação - estão distantes da média de crescimento do PIB em todo o Brasil.  

A perspectiva é que no país o PIB cresça 0,5% depois de dois anos de queda. Ao todo são nove estados que não acompanharão esse crescimento. Na ordem, da maior para a menor queda, estão Rio de Janeiro, Alagoas, Pernambuco, Bahia e Acre.  

Visão 

Segundo o economista Rodolfo Margato, enquanto a queda do PIB do Rio de Janeiro pode ser explicada pelo fim das obras das Olimpíadas e pela crise fiscal que atrasou pagamento de servidores, a queda do PIB em Alagoas e de outros Estados se dá - em função da extrema dependência do governo federal - de cortes de investimentos públicos feitos pela União. O Nordeste - segundo o economista - é o mais afetado nesse sentido.  

Alagoas só não estar e situação pior - e aí é preciso reconhecer o trabalho do secretário da Fazenda, George Santoro - em função do ajuste fiscal e dos esforços que promoveu para manter as contas em dia. O corte drástico dos investimentos federais, que já vinha ocorrendo no governo passado, fazem com que eles sejam os menores dos últimos dez anos.  

Isto pode comprometer sobretudo obras em Alagoas.  

 

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