O Brasil registrou no segundo trimestre de 2025 a menor taxa de desemprego já apurada pela série histórica da Pnad Contínua: 5,8%. O dado, divulgado nesta quinta-feira (31) pelo IBGE, supera o recorde anterior, de novembro de 2024 (6,1%), e confirma a tendência de recuperação do mercado de trabalho.
A queda no desemprego veio acompanhada de aumento no número de pessoas ocupadas, que chegou a 102,3 milhões. Já o número de desocupados recuou para 6,3 milhões, uma redução de 17,4% (ou 1,3 milhão de pessoas) em relação ao primeiro trimestre do ano.
Outro dado recorde foi o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que atingiu 39 milhões — o maior desde o início da série do IBGE. O número de informais também cresceu e chegou a 13,5 milhões, com destaque para os autônomos e empregadores sem CNPJ.
A taxa de informalidade ficou em 37,8%, a menor desde o segundo trimestre de 2020 (36,6%). O contingente de desalentados — pessoas que desistiram de procurar emprego — caiu para 2,8 milhões, menor nível desde 2016.
Com o mercado aquecido, o rendimento médio mensal do trabalhador subiu para R$ 3.477, o maior valor já registrado, representando alta de 1,1% em relação ao trimestre anterior. A massa de rendimentos também bateu recorde: R$ 351,2 bilhões, um crescimento de 5,9% na comparação com o segundo trimestre de 2024.
Esta foi a primeira divulgação da Pnad Contínua com dados ajustados a partir do Censo Demográfico de 2022, que atualizou a amostragem dos domicílios visitados pelo IBGE. A pesquisa investiga o mercado de trabalho de pessoas com 14 anos ou mais em 211 mil residências por todo o país.
*Com informações da Agência Brasil