Em meio a muitas discussões, o vereador Maxwel FeItosa (PMN) fez a leitura, nesta quinta-feira (31) do requerimento que pede o afastamento do presidente da Câmara Municipal de Palmeira dos Índios, vereador Luiz Cavalcante Monteiro Junior, o Junior Miranda (PSL) e do primeiro secretário, Fabiano Gomes (PSD). O grupo dos 10, de oposição à Mesa Diretora, exigia que a votação acontecesse ainda nesta quinta.
Um dia antes, a procuradora da Casa, Aline Canuto, entregou aos vereadores Madson Monteiro e Agenor Leôncio vários documentos que haviam sido solicitados, para serem analisados pelos parlamentares. O chamado “Grupo dos 10", que pede o afastamento dos dois vereadores, realizou uma sessão extraordinária na tarde desta quinta-feira, quando Júnior Miranda fez o uso da palavra e usou seus argumentos para adiar a votação do requerimento.
Contra Miranda pesa a acusação que não foi apresentado ao Plenário o demonstrativo de recursos e as despesas mensais, o que deve, regimentalmente, se proceder até o dia 20 de cada mês. Segundo os membros do Grupo dos 10, a documentação não vem sendo protocolada. Contra o secretário da Mesa Diretora, Fabiano Gomes, consta a acusação de ausência do Portal da Transparência, não atendendo, desta forma, o que reza a Lei 12.527 de 18/11/2011, que exige o funcionamento dessa publicação, para dar publicidade a todas as receitas e despesas da C
Retaliação seria contra o corte de cargos comissionados
No uso da tribuna do Plenário, para fazer a sua defesa. Ele alega que os vereadores estariam ‘revoltados’, porque ele cortou os cargos comissionados de todos eles. Informou, ainda, que a Câmara não está deficitária. Ao contrário: possui um saldo positivo de R$ 280 mil, o que teria deixado os parlamentares ainda mais indignados. Essas declarações chegaram à população de Palmeira, uma vez que Miranda fez questão de fazer sua argumentação nas emissoras de rádio locais.
O presidente da Mesa Diretora também solicitou a quebra de todos os seus sigilos e pede que os dez vereadores tomem a mesma iniciativa. “Quero que meus sigilos sejam quebrados e que tenham o acompanhamento do Ministério Público e da Polícia Federal. Espero que os nobres colegas façam o mesmo”, sustentou.
Assinaram o requerimento os vereadores Ronaldo Raimundo Filho, Maxuel Feitosa, Pedro Gaia Bisneto, Fabio Targino, Abraão do BMG, Madson Monteiro, Joelma Toledo, Val Enfermeiro, Agenor Leôncio e Cristiano Ramos. As duas representações protocoladas pelos dez vereadores são coletivas, sendo uma contra cada vereador da Mesa Diretora.
Votação não pode acontecer antes da próxima quarta-feira
Segundo o Regimento Interno, a próxima sessão extraordinária só poderá acontecer após a próxima sessão ordinária, que se realiza na quarta-feira, 06. Caso haja uma outra antes dessa para votação, ela não terá validade. As duas representações protocoladas pelos dez vereadores são coletivas, sendo uma contra cada vereador da Mesa Diretora.