Mais do que em qualquer outro período democrático em que eleições definem os representantes do povo, no atual momento da história brasileira vários partidos buscam nomes fora da política para o pleito de 2018 com o objetivo de conquistar votos e credibilidade.

Até mesmo iniciantes na política, caso do prefeito de São Paulo, João Doria, se vende como empresário, como alguém de fora da política, o que, no caso específico dele, é uma mentira.

Nos últimos meses muito tem se falado sobre Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF, como candidato a presidente. Vários partidos já o convidaram.

Agora surge a ex-senadora Marina Silva (Rede) pretendendo lançar o procurador-geral Rodrigo Janot ao governo de Minas, simplesmente o segundo maior colégio eleitoral do País.

O convite de filiação ao partido deverá ser feito após a saída dele da PGR, agora em setembro, e formalizado em outubro.

Como diz o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se engana quem pensa que juiz, promotor, ou até o mesmo o Judiciário, caso chegue ao Executivo será capaz de realizar um governo bom, diferente.

De fato, no mundo ideal a política deve ser tocada pelos políticos. O problema é o descrédito quase majoritário por parte da população em seus representantes e partidos e a impressão de que esse ofício é hoje controlado por membros de uma organização criminosa.