Servidores do Ifal, estudantes, representantes de movimentos sociais realizaram um ato nesta quinta-feira (10), em frente à Reitoria do Ifal, localizado na Jatiúca, em repúdio ao Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que ameaça demitir quatro servidores - entre eles, três professores - do Instituto do campus de Satuba.

Segundo informações do professor e diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas (Sintietfal) Gabriel Magalhães, em 2014 em Alagoas e nacionalmente, os servidores dos Institutos entraram em greve que já durava cerca de um mês e meio, mas uma decisão da gestão do Ifal de Satuba pediu o retorno às aulas, porém, a categoria continuou com a greve.

Entretanto, Gabriel disse que cerca de 1/3 dos servidores quiseram voltar às aulas e por este motivo, outros funcionários continuaram com um ato passivo. “Ao término do ato fomos surpreendidos com o ataque de dois alunos e dois pais, de extrema direita e que eram contrários à greve e que queriam causar um fato político”, comentou.

O diretor também informou que a Instituição do campus Satuba disse que eles eram acusados da suposta agressão, mas Gabriel disse que o que pode ter acontecido foi uma legítima defesa. “Supostamente estamos sendo acusados de infringir ordens superiores e da suposta agressão. Por este motivo, estamos realizando um ato para mostrar que repudiamos esse processo e que o objetivo deles é de silenciar o sindicato já que os quatro que estão sendo incriminados são do sindicato”.

De acordo com Gabriel, nesse processo, eles estão na fase de defesa. Ele contou que além da esfera jurídica, eles optaram também pela pressão na esfera política – como é o caso do ato em frente à reitoria.

Eles esperam que o reitor, no relatório final, não penalize os quatro professores de acordo com o relatório parcial que, segundo Gabriel, tem influência política.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação do Ifal, mas não obteve êxito.