O fator novo ou o Cisne Negro - como analisam os cientistas políticos - pode acontecer na disputa pelo Senado em Alagoas. As pesquisas do Compset e do Ibrape dão uma vaga para o senador Renan Calheiros (PMDB), até com alguma vantagem. Na briga pelo segundo voto, vêm o ex-governador Teotônio Vilela Filho, o senador Benedito de Lira e o ministro do Turismo, Marx Beltrão.
Movimentam-se também no tabuleiro a ex-senadora Heloísa Helena, o ex-deputado federal João Caldas e a empresária Thereza Collor. Nenhuma pesquisa colocou todos na mesma consulta à população. Thereza Collor mesmo lembra bastante o caso de João Dória em São Paulo. Não foi posta à prova e pode atrair os eleitores que buscam o candidato "não-político profissional".
A conhecida Embaixadora de Alagoas e Musa do Impeachment, filiada ao PSDB, já foi convocada pelo ex-governador para se candidatar ao Senado em duas oportunidades, mas recusou. Agora, não parece mais ser o caso.
Thereza Collor tem percorrido o Estado. Suas redes sociais mostram que já sentou com secretários de Estado, com prefeitos do Sertão, do Baixo São Francisco, da Zona da Mata e do Agreste. Em um semanário da semana passada, afirmou que estuda ir para valer nas eleições e já ter na mesa três propostas. Nos bastidores, comenta-se que o destino certo é o PPS, de Regis Cavalcante e Roberto Freire.
Como novo fator, resta saber o que muda com a entrada de Thereza Collor na disputa. De quem ela tira voto? O fenômeno paulista pode acontecer em Alagoas? E, sabe-se, como amiga pessoal do prefeito paulistano João Dória, seria Thereza Collor um palanque presidencial tucano no Estado?