Na semana passada, o senador Benedito de Lira (PP) usou a tribuna da Casa para prestar solidariedade, em seu nome e em nome do partido, ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), em razão das notícias acerca do avião carregado com 500 quilos de cocaína que teria decolado de uma fazenda arrendada pela família do ministro no Mato Grosso.

O avião foi interceptado pela Força Aérea Brasileira (FAB) no domingo passado, em Goiás. A Polícia Federal informou depois que o avião decolou da Bolívia e não da fazenda.

Para o senador alagoano, ao divulgar a informação inicial a imprensa deu a conotação de que o ministro poderia ser traficante.

“Isso é um absurdo! Nós todos conhecemos aquela região, com vastíssimas áreas. E essa fazenda tem mais de 53 mil hectares de terra, com diversos campos de pouso para aviões tratarem da agricultura, distribuindo veneno, fazendo a sua pulverização. E o traficante, acossado, posou lá, e o ministro Blairo Maggi foi citado pela imprensa brasileira, infelizmente”, pontuou.

Biu lembrou que Blaggi, assim como todos os homens “de qualidade e de bem do País”,  merecem respeito precaução e cuidado.

Etanol

Antes de se solidarizar com o ministro, o senador criticou o que considera frouxidão da legislação do País em relação à importação de etanol, fabricado a partir do milho nos Estados Unidos, em prejuízo do álcool anidro produzido no Brasil.

Conforme matéria publicada na Agência Senado, o senador lembrou que, enquanto o importador traz o produto a custo zero, os brasileiros pagam entre 17% e 20%¨em tributos.

O assunto, segundo ele, foi discutido em reuniões no Ministério da Agricultura com a bancada dos canavieiros e produtores de açúcar e álcool do Nordeste. “Como é que eu produzo aqui e não tenho chance de comercializar o meu produto porque as barreiras de importação do País estão escancaradas?”, questionou, informando que o problema já foi levado a Blairo Maggi.