Eles estão sendo chamados de ‘cabeças pretas’ e formam a ala jovem do PSDB, defensores da saída do partido da base do governo Temer.
E têm pressionado os ‘cabeças brancas’, os mais velhos que formam a cúpula do partido, para que essa questão seja decidida já na próxima terça-feira (6), dia em que será iniciado o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE.
A avaliação é de que não há como postergar essa decisão, seja qual for a posição da Justiça Eleitoral, tampouco de o partido continuar no governo.
Cálculos indicam que dos 46 deputados federais, 27 são a favor de deixar a base aliada de Temer, 12 estão indecisos e sete são contrários.
Os ‘cabeças brancas’ também tentam apoio entre os senadores do PSDB. Dos 11 cinco tendem, por enquanto, a entoar ‘bye, bye my friend and darling president’.
O fato é que a pressão dentro do partido está vindo de baixo para cima, o famoso baixo clero que quer ser ouvido.
De qualquer forma, os próximos dias serão decisivos para que as lideranças definam qual será a posição, que tem três opções:
1 - saída imediata do governo;
2 – que os quatro ministros entreguem os cargos, mas o partido continue apoiando as principais medidas econômicas;
3 – por último, aqueles que desejam permanecer no governo e manter os cargos, claro.
Alguns prefeitos da ala jovem também estão participando das discussões, caso de Nelson Marchezan Junior, de Porto Alegre, a favor do afastamento.