Ao aguardar cerca de dois anos para indicar o nome que vai ocupar a vaga deixada pela aposentadoria de Luiz Eustáquio Toledo, o governador Renan Filho mostrou a paciência e cautela necessárias para um estadista.

É que ele esperou, sem pressa e atropelos, que todas as pendengas jurídicas fossem resolvidas. Poderia ainda ter recorrido da última decisão tomada pelo TJ-AL, mas foi convencido juridicamente que a vaga pertence ao MP de Contas.

Apenas três nomes apresentavam todos os requisitos, mas havia uma sutil diferença que, ao que parece, foi usada como critério por Renan Filho: Rodrigo Siqueira, o escolhido, era o único alagoano na lista, que ainda tinha o pernambucano Ênio Pimenta e o baiano Gustavo Santos.

Aliás, em 26/05/2015, às 11:26, publiquei texto neste espaço defendo que o alagoano fosse o escolhido. Afirmei que se essa disputa fosse na Bahia ou em Pernambuco, se ACM, Miguel Arraes ou Eduardo Campos estivessem vivos e governando os seus estados, assim como os atuais governantes Rui Costa (BA) e Paulo Câmara (PE), nomeariam alguém da sua terra.

Ah, também afirmei que não conhecia nenhum dos três procuradores do MP de Contas e reafirmo que continuo sem conhecê-los.

Desejo boa sorte ao novo conselheiro e parabenizo o governador Renan Filho pela forma madura como se portou durante todo o processo de escolha - que deverá ser a única do seu governo, mesmo que dispute à reeleição e saia vitorioso em 2018.

Todos esses e outros detalhes sugerindo a escolha de Rodrigo Siqueira para o cargo de conselheiro tratei no texto publicado em 2015, que você pode ler aqui.