Pesquisa realizada pelo Ibope, entre os dias 7 e 11 de abril, ouviu 2.002 pessoas em mais de 143 municípios. Objetivo foi levantar o potencial de votos e a rejeição de potenciais candidatos à presidência em 2018. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
A surpresa (será que é?) é a crescente rejeição dos três principais nomes do PSDB que, aliás, disputam essa liderança negativa. Em primeiríssimo lugar está o senador Aécio Neves. 62% dos entrevistados não votariam nele de jeito nenhum para presidente da República.
José Serra com 58% e Geraldo Alckmin com 54% estão colados nos seus calcanhares. Logo atrás aparecem Lula (51%), Marina (50%), Ciro Gomes (49%), Bolsonaro (42%), João Doria (36%) e Joaquim Barbosa (32%).
Quando perguntado em quem o eleitor votaria com certeza, o ex-presidente Lula lidera. 30% dizem que votariam nele com certeza; 17% declaram que poderiam votar nele para presidente em 2018, o que lhe dá um potencial de votos de 47%.
Em seguida aparecem Marina Silva com 33% (9% com certeza votariam e 24% poderiam votar), José Serra com 25% (7% e 18%), Geraldo Alckmin com 22% (7% e 15%), Aécio Neves também com 22% (6% e 16%), Joaquim Barbosa com 24% (12% e 12%), Ciro Gomes com 18% (5% e 13%), Bolsonaro com 17% (8% e 9%) e João Doria com 16% (6% e 10%).
Pesquisa nos mesmo molde desta feita este mês ocorreu em abril do ano passado, ou seja, com a mesma pergunta. A rejeição de Lula foi a única que diminuiu - de 65% para 51%, o que dá 14 pontos.
A rejeição de todos os demais possíveis candidatos subiu. Aécio cresceu 9%, Bolsonaro 8%, Marina 4%. Já as de serra, Ciro e Alckmin permanece praticamente inalterada, oscilando apenas 1 ponto para cima.
Claro que esse resultado é um reflexo da opinião de momento do eleitorado, mas que pode ser alterado de acordo com os acontecimentos políticos, policiais e jurídicos causados pela instabilidade que a Lava Jato tem trazido.
Aguardemos o desenrolar dessa novela – com prazo de conclusão em outubro do ano que vem -, inclusive com a possibilidade de surgimento de novas candidaturas.