Em condições normais de temperatura e ambiente já era - como em outras épocas não tão distantes - para os candidatos certos e também para os desejosos estarem com as suas vidas sendo definidas na disputa por um mandato em 2018.

No entanto, o que há é muito silêncio e indefinição, o que é parte da lógica do momento. É que os principais políticos e partidos têm tido muito mais espaço em investigações polícias e ações judiciais por suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da Lava Jato do que qualquer outra coisa.

Por isso tem muita lógica o silêncio de gente como Collor, Teo Vilela, Renan Calheiros e Biu de Lira. Os dois últimos devem tentar renovar o mandato de senador. Quanto ao ex-governador, até ensaiou reaparecer no meio político, mas desapareceu logo em seguida após ser citado nas delações da Odebrecht.

Ou seja, com a imensa série de delações e de processos em curso fica difícil organizar o futuro. O ritmo é devagar e a ordem é esperar. O fato é que ninguém sabe até quando a dança da política ficará em compasso de espera para a formação de grupos, discussões sobre coligações e candidaturas, além das tradicionais traições e vítimas deixadas para trás durante o processo.

Mas é certo que assim ficará por um bom tempo, até o instante em que os hoje senhores da política alagoana decidirem entrar no ringue para definir o que é necessário. Só que eles não sabem quando isso será possível.

 A Lava Jato teima em permanecer assustadoramente vivíssima e constantemente sendo realimentada.

Por isso, dizem, é que os nossos representantes sonham com uma figura qualquer que lembra a Lava Jato bafejando nas suas nucas, roçando os seus calcanhares, causando terríveis pesadelos!

Também dizem que lá no DF as farmácias comemoram recorde de venda de calmantes.