Esta quarta-feira (5) é um dia em que você olha pra trás, olha pra hoje e olha pra frente e vê tudo do mesmo jeito na economia, na política e na justiça. A mãe da crise econômica e seus 13 milhões de desempregados continua sendo a crise política.

Tanto agora quanto naqueles momentos pretéritos que convergiram para uma união majoritária de políticos, empresários e parte da sociedade visando o afastamento de Dilma Rousseff inexistem possibilidades de entendimento entre as principais lideranças do PT, PSDB e PMDB com o objetivo de estancar o esfarelamento dos empregos.

O que existe são alguns algozes acusadores do passado provando do mesmo veneno que sorveram. Caso do senador Aécio Neves, acusado de ter recebido propina depositada na conta de sua irmã em Nova Iorque.

Aécio esperneia, reclama e acusa a existência de vazamentos seletivos e propõe que as fogueiras devem ser apagadas pelo bem do Brasil. Ora, lembra, caro leitor, daquela frase antiga: pimenta no ... dos outros é refresco? Pois é, é a mesma coisa.

Provavelmente Lula, Aécio, Ciro e tantos outros desejem é que Michel Temer conclua o governo e faça a parte suja que lhe cabe no roteiro, que são as medidas altamente impopulares, mas necessárias para reduzir os custos da máquina.

Talvez todos os prováveis postulantes ao cargo de presidente, em 2018, necessitem da “Geni” Michel Temer para nela jogar pedras e cuspir, bendita Geni!

Em política, na maioria das vezes, decisões sobre qual caminho seguir são tomadas tendo como base a vaidade dos indivíduos. Por isso jamais o entendimento entre as principais lideranças foi verdadeiramente tentado.

E a conta dessa atitude é paga pelo povo.

Vida que segue.