O desabafo do superintendente da PF em AL
Durante uma coletiva nesta quinta-feira, 16, o superintendente da PF em Alagoas, Bernardo de Torres, desabou sobre um problema tão antigo quanto o Brasil: as crateras na lei que fazem a alegria dos criminosos, alimentam a impunidade e servem de justificativa para a justiça com as próprias mãos.
Ao discorrer sobre a operação Divisas do Sul, onde a PF desbaratou uma quadrilha que realizava assaltos a bancos em Pernambuco e Alagoas, ele falou sobre o envolvimento de vários ex-reeducandos nos crimes.
Segundo Torres, um dos acusados foi preso por homicídio em 2008 e em 2015 já estava solto cometendo novos crimes. “Até quando a PM vai prender e o Ministério Público vai denunciar os mesmos indivíduos? Até quando a Justiça vai condenar os mesmos indivíduos?... Não há nenhuma polícia no mundo que funcione dessa maneira... A polícia perde tempo com quem deveria estar preso”, disse o superintendente à imprensa.
O delegado também chamou de “ilusão” o princípio da ressocialização tão em voga.
E segue a pergunta: até quando?
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