Depois da sugestão do Ministério Público (MP) para que o presidente do Tribunal de Justiça (TJ/AL), Otávio Praxedes, pedisse a suspensão das férias dos magistrados e a convocação de juízes de 1º grau em substituição aos desembargadores que se declararam suspeitos ou impedidos de atuar na audiência para o recebimento da denúncia contra o deputado estadual João Beltrão, a ex-presidente do TJ, desembargadora Elizabeth Carvalho informou na tarde desta quarta-feira, dia 15, que irá suspender suas férias para presidir sessão.

Segundo a assessoria de Comunicação do TJ, “a desembargadora Elisabeth Carvalho vai suspender um dia das férias dela, para poder participar do julgamento e como ela é a decana, presidirá a sessão”.

O ofício, encaminhado ao TJ logo após o adiamento do julgamento que ocorreria na sessão do Pleno desta terça-feira, dia 14, a urgência para convocar os magistrados para a sessão se faz necessária diante da iminência da prescrição da denúncia, no próximo dia 3 de abril deste ano.

Segundo a assessoria de Comunicação do Poder Judiciário, o processo onde será analisado o recebimento da denúncia de homicídio contra o deputado licenciado, acusado do assassinato do bancário Dimas Holanda, em 1997, deve retornar à pauta do Pleno na próxima terça-feira, 21. Caso o TJ acate a denúncia, Beltrão se torna réu no processo.

Oferecida em dezembro de 2016, a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL) aponta o parlamentar como autor intelectual do crime, que teria sido motivado por ciúmes do acusado de uma mulher com quem mantinha um relacionamento amoroso, Clécia Madalena de Oliveira. Outra denúncia havia sido apreciada pelo Tribunal entre os anos de 2011 e 2012, mas foi rejeitada pelo Pleno.

Dimas Holanda foi assassinado a  tiros no dia 3 de abril de 1997, no Santo Eduardo.