Nestes tempos de continuidade e desdobramentos de políticos e partidos envolvidos totalmente com suspeitas de recebimento de propina, pouca gente tem observado como anda a proposta de reforma política.
Um dos pontos que será incluído pelo relator na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP), é o financiamento misto de campanha, com os recursos oriundos de um fundo eleitoral. Ou seja, uma parte é dinheiro público e a outra através de doações de pessoas físicas, continuando vetada a colaboração de empresas.
E para evitar que os candidatos ricos financiem suas próprias candidaturas, ele só pode doar a si próprio um salário mínimo por mês. Como está definido na proposta de reforma que a campanha terá dois meses de prévia e dois de campanha, os riquinhos só poderão gastar quatros salários mínimos.
Para que as novas regras entrem em vigor na eleição de 2018 precisam ser aprovadas até junho – na Câmara, e até setembro deste ano o Senado terá que concluir o processo de votação.
Questões como uso do marketing político também estão na discussão. São mudanças que poderão impactar na disputa, se aprovadas.
O fato é que, se deixarem passar, já passou da hora da política se reinventar. Basta ver a falta de credibilidade da classe, hoje mais voltada para um ofício de bandidos privilegiados de terno e gravata.