Gustavo Rocha, que já atuou como advogado do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), corre de gabinete em gabinete de parlamentares para viabilizar o seu nome para o Ministério da Justiça.

Atualmente ele é assessor da Casa Civil do presidente Michel Temer. Um dos problemas é que o Ministério é uma indicação do PSDB e Rocha tem buscado alianças para derrubar vetos especialmente com políticos do PMDB.

O presidente Temer não parece empolgado com a ideia porque teme reação pelo fato do assessor ter defendido Eduardo Cunha, preso no Paraná pela Operação Lava Jato.

A favor de Gustavo Rocha, que é membro do Conselho Nacional do Ministério Público, cujo presidente é Rodrigo Janot, o fato de ter uma boa relação com o procurador-geral da República.

Além disso, várias personalidades sondadas pelo governo rejeitaram ocupar o cargo. Caso do ex-ministro do STF Carlos Velloso, que justificou explicando compromissos profissionais, pressão da família e questões éticas.

O governo procura um nome para o paralisado ministério desde a licença de Alexandre de Moraes. De repente, por falta de opções Gustavo Rocha pode conquistar o seu objeto de desejo profissional.

Porém, terá que firmar muitos compromissos com ministros e políticos da base aliada do governo Temer na Câmara e no Senado, todos delatados por executivos das empresas envolvidas com o esquema de corrupção na Petrobras.