É bom que os políticos, especialmente os alagoanos no Congresso Nacional, comemorem bastante o carnaval, visitem suas bases, abracem e sejam abraçados e bebam com os seus amigos de ocasião, eleitores e aliados.
É que 2018 já começou. E passado o carnaval, no início de março o ministro relator do STF Luiz Fachin deve receber e autorizar pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre fim do sigilo das delações da Odebrecht.
Já há uma bolsa de apostas sobre nomes. Só de ministros do governo Michel Temer seis estão na lista: Eliseu Padilha (Casa Civil/PMDB), Moreira Franco (Secretaria Geral/PMDB), José Serra (Relações Exteriores/PSDB), Bruno Araújo (Cidades/PSDB), Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações/PSD) e Marcos Pereira (MDIC/PRB), o último de que se tem notícia. Ah, o nome do presidente também consta na relação.
Se o sigilo dos 77 delatores da Odebrecht cair, haverá uma explosão. Ela atinge, além de membros do Executivo, deputados, senadores, governadores e prefeitos. Reputações serão colocadas ainda mais sob suspeição quase um ano antes das eleições, um farto material a ser explorado pelos adversários.
Claro, vários políticos alagoanos estão nessa relação.
Portanto, a maior das dores de cabeça fica pra depois da quarta-feira de cinzas. A dor de cabeça de agora dependerá do que for ingerido.
Por enquanto.