O presidente reeleito da Assembleia, deputado Luiz Dantas (PMDB) agiu com equilíbrio na tarde desta quarta-feira, 01, ao optar por não retaliar o que considerou uma “traição” sofrida durante a eleição da nova Mesa Diretora. Pela postura durante a tumultuada sessão, ainda que perdesse o cargo, o parlamentar sairia ganhando.
O que ficou claro durante as discussões de hoje: apesar de existir um acordo para que ele fosse reeleito, em troca da eleição do restante da Mesa em chapa única (totalmente nova), o grupo apoiador de Dantas foi surpreendido com o nome de Bruno Toledo (PROS) na disputa para o comando da Casa.
O próprio presidente contou que, ao saber da novidade, questionou o concorrente. Toledo teria lhe dito que sua candidatura era apenas um “teste” e não teria mais que dez votos, mas, não foi bem o que aconteceu.
Com o acordo quebrado, a parte lesada tentou adiar a eleição dos demais integrantes da Mesa – “se houve disputa para o cargo de presidente, acho que deveria haver disputa também para o restante da Mesa”, argumentou Olavo Calheiros (PMDB) -, mas, o pedido não foi aceito pelo presidente.
Com a quebra da frágil confiança que existia (?) no grupo, Dantas anunciou que fará o possível para administrar a Casa “rachada”.
Nos bastidores, o desfecho da histórica votação desta quarta-feira já causa apreensão nos servidores: “Vai ser um tal de não assino isso, não assino aquilo... Se tiver queda de braço, sabemos para quem vai sobrar”, comentou um deles.
É como diz o ditado: Na briga entre elefantes, o machucado é o capim...