O ano mal começou e o novo procurador-geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça, já autorizou cinco operações do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) contra ex-prefeitos. Apenas na última sexta-feira (20) os alvos foram os ex-gestores de Poço das Trincheiras e Ouro Branco.
Na oportunidade foram apreendidos R$ 47,7 mil em dinheiro (com origem não comprovada) nas residências dos ex-prefeitos, José Gildo Rodrigues Silva (PSC), em Poço das Trincheiras, e Atevaldo Cabral Silva (PMDB), em Ouro Branco. O Ministério Público (MP-AL) suspeita que os ex-prefeitos sejam responsáveis por desvios dinheiro de público por meio de contratos irregulares para a realização de shows em suas respectivas cidades.
Ao todo, o Gecoc cumpriu 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. As ações contaram com o apoio da secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e da Polícia Militar de Alagoas (PM). Todo o material apreendido durante a ação da última sexta-feira servirá para dar continuidade às investigações iniciadas pelo Gecoc e pelas Promotorias de Justiça de Poço das Trincheiras e Ouro Branco.
Pão Maravilha
No último dia 19, os alvos foram as sedes das prefeituras de Pão de Açúcar e Maravilha. Nestas duas cidades, as operações recolheram documentos das secretarias Municipais de Finanças, Administração e Cultura, das Comissões Permanentes de Licitação (CPL) e dos setores de contratos.
O objetivo é comprovar a prática de peculato por parte dos ex-prefeitos e funcionários que tenham contribuído para o dano ao erário durante os anos de 2013 a 2016. O esquema seria comandado pelos ex-prefeitos Jorge Dantas e Carlos Luiz Martins Marques, de Pão de Açúcar e Maravilha, respectivamente.
Santana
O Gecoc também cumpriu 16 mandados de prisão e busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital na cidade de Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas, no último dia 10. O ex-prefeito José Mário da Silva foi preso na operação.
Segundo o MP, ele comandava uma organização criminosa que desviava recursos públicos da prefeitura quando estava à frente do Executivo. De acordo com o MP, os suspeitos teriam cometido crime de peculato durante a contratação de serviços de som e iluminação para festas promovidas pelo Poder Executivo entre os anos de 2014 e 2016.