Crítica: Assassin's Creed é o melhor filme adaptado de games até o momento

17/01/2017 16:36 - Bruno Levy
Por redação
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É inegável que a crítica "especializada" odeia filmes advindos de franquias de games e histórias em quadrinhos e, dessa forma, o cinema acaba não se modernizando aos outros tipos de culturas que predominam e que fazem as empresas sobreviverem: os blockbusters.

Desta vez, mais um exemplo do "preconceito" contra os blockbusters veio à tona de Assassin's Creed que estreou na quinta-feira, 12, nos cinemas brasileiros. Um conclusão já pode ser tirada, é sim a melhor adaptação de games até o momento. Assassin's Creed tem uma história profunda e sem complicações para quem não é fã ou quem nunca jogou o game que rende milhões todos os anos para a Ubisoft.

A trama tem Callum Lynch (Michael Fassbender) que possui um ancestral  guerreiro chamado Aguilar, morto há mais de 500 anos na época da inquisição espanhola. O guerreiro fazia parte de um grupo chamado "Credo dos Assassinos", de mesmo nome do filme. Eles são responsáveis por proteger a Maçã do Éden dos Templários. O objeto é capaz de controlar o livre arbítrio e está perdido nos tempos atuais.

Então a Animus, através da Dra. Sophia (Marion Cotillard), cria uma espécie de máquina que faz Callum relembrar memórias de Aguilar atá o momento em que ele vê a Maçã do Éden pela última vez.

 

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A premissa é bastante simples e muito bem executada. O diretor australiano Justin Kurzel (Macbeth: Ambição e Guerra) fez questão de simplificar o máximo possível numa história totalmente nova de Assassin's Creed sem perder a essência e a complexidade dos games, e isso é um trunfo. Um exemplo disso é a máquina que leva Callum rever as memórias de Aguilar e a mistura das cenas de ação, que são incríveis, do passado com o que ocorre no presente.

Outro ponto extremamente positivo foi a trilha sonora que causou arrepios em quem assistia o filme e que se encaixou nas cenas de luta, parkour e nas horas mais calmas. Jed Kurzel, que é irmão mais velho de Justin Kurzel, realizou um belo trabalho à frente das músicas do filme, redimindo-se das trilhas apresentadas nos trailers do longa que não agradaram tanto o público.

Os pecados do filme, mesmo que isso possa parecer um trocadilho, foi a bagunça dos enquadramentos das câmeras, um 3D que não possuía uma constante e oscilava bastante e o excesso de fumaça que atrapalhava a visão de quem estava assistindo. Os diálogos foram um caso a parte: bastante fracos e muito explicativos, sendo desnecessário em alguns momentos.

Mesmo assim, para quem estava com expectativa abaixo devido às massacrantes críticas deve sair surpreendido. Assassin's Creed não é lá uma obra-prima, mas também não é tão horrível assim. Foi assim com Warcraft e também será com os vindouros Tomb Raider, Uncharted e Resident Evil: The Final Chapter.

Uma dica: vá ao cinema e tire as próprias conclusões.

 

 

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