Um dos poucos e raros políticos alagoanos a se manter firme no apoio ao grupo que participou da reeleição da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal Givaldo Carimbão (PHS) permanece fora da bancada de apoio ao presidente Michel Temer (PMDB). Além dele restou Ronaldo Lessa (PDT) e, obviamente, o petista Paulão.

Ou seja, Carimbão guarda e terá no futuro um discurso que poucos terão. Acrescente a isso o fato de que as pesquisas eleitorais de momento mostram a decepção com o PSDB e com o PMDB ao apontarem nomes das esquerdas liderando folgadamente no primeiro e segundo turnos na eleição presidencial de 2018: Lula e Marina Silva na dianteira em todos os cenários.

Portanto, o parlamentar também anteviu pra onde tende o eleitorado. A manutenção do seu posicionamento agrada aos seus principais simpatizantes, casos dos religiosos, que têm uma visão voltada mais para os problemas sociais e os mais pobres.

E se resolver - finalmente - disputar uma eleição majoritária, terá o discurso de político de palavra - que não troca de lado e de posicionamentos circunstancialmente, bem ao contrário de um monte de alagoanos que sonham em renovar o mandato de senador ou, enfim, disputar uma eleição majoritária.

Outra vantagem de Givaldo Carimbão é que ele não será carimbado com suspeitas de ter sido beneficiado com recursos das construtoras investigadas pela Lava Jato.

Nesses tempos em que o exercício de uma função política é tão mal visto, discurso sobre firmeza de caráter, de posicionamento e de palavra honrada pode fazer uma grande diferença na caça aos votos através da propaganda eleitoral e das redes sociais.

Some-se a isso o fato de Givaldo Carimbão já começar a construir mais um novo discurso. Ele se posicionou contrário e já disse que a proposta da reforma da previdência do governo Temer é “extermínio de pobres”. E esse é um tema explosivo porque atinge todas as profissões e o pobre brasileiro. 

É ou não um excelente tema numa campanha eleitoral?