Aguardada mais que último capítulo de novela, a delação premiada do ex-executivo da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, aprofundou a crise política brasileira e colocou ainda mais em evidência alguns caciques, a exemplo de Renan Calheiros.

A construtora gastou, entre 2006 e 2014, mais de R$ 88 milhões em propina, caixa dois e doações ilegais para campanhas de 48 políticos. Os valores agilizavam os interesses da construtora, como também em aprovação de Medidas e Projetos de Lei que beneficiassem a Odebrecht.

“Justiça” estava lá, ou melhor, Renan Calheiros. Este foi o apelido dado ao presidente do Senado, que segundo o delator, recebeu R$ 6.020.000,00 milhões da construtora.

Das revelações sobra até para o governador Renan Filho, que é apontado como um dos que teve benefício em sua campanha política ao governo de Alagoas em 2014. Em troca estava em jogo apoio à renovação de contratos de energia, que culminaram com a edição da MP 677/15.  

Cláudio Melo Filho fala ainda de R$ 1 milhão para as obras do Canal do Sertão. O clima em Brasília tende a ficar cada vez mais fechado quanto mais as luzes apontam para os parlamentares e outras figuras ligadas ao Planalto. E a maior novela brasileira segue.