O sentimento de vivenciar uma Comic Con no Brasil

06/12/2016 15:31 - Bruno Levy
Por redação
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Já fez aquilo que sempre quis fazer e desejasse que nunca terminasse? Pois bem, passei os quatro melhores dias da minha vida vendo, fazendo e participando de algo que amo completamente: nerdices. E não há melhor lugar que um evento chamado de Comic Con Experience, realizado todo ano em São Paulo, desta vez a edição ocorreu entre os dias 1 e 4 de dezembro.

Nesta terça-feira, 06, após dias sem postar nada no blog, decidi passar para os amantes do cinema, quadrinhos, séries e afins, como é vivenciar 44 horas andando pelos corredores, lojas, stands e painéis do maior evento geek da américa latina (por enquanto).

Ao chegar na cidade de São Paulo, na manhã de quinta-feira, 01, já era possível sentir um ar diferente, não de fumaça, mas sim de empolgação com o que estava por vir. Do aeroporto para o hostel, do hostel para a Comic Con, sem paradas. Na fila, um sentimento de ansiedade, misturado a alegria de estar no lugar onde sempre quis estar. A curiosidade de uma criança de 23 anos em ver grandes ídolos da oitava e nona arte no Brasil, há 2453km de Maceió.

O pé direito passa a porta e uma explosão de felicidade ocorre dentro de mim, ultrapassando todos os limites da endorfina, provocando o sintoma de um sorriso que durou todo o dia. Era diferente. As pessoas entendiam do que eu falava e vice-versa. Eu estava ali no meu mundo, na minha área. Aquelas pessoas eram as minhas pessoas, nós falávamos uma língua totalmente diferente da língua do dia a dia. Inexplicável.

A São Paulo Expo com seus exagerados 100 mil m² ficou pequena para tanta gente. Com um público de 180 mil pessoas durante os quatro dias, a CCXP coloriu São Paulo com Fox, Marvel, DC, Warner, Sony, Netflix, Universal Pictures, Disney e tantas outras empresas que estiveram lá. São Paulo foi pintada pelas mãos de Frank Miller, Briaz Azzarello, Jae Lee, Maurício de Souza e tantos outros artistas. São Pualo se tornou nerd.

As filas eram pequenos obstáculos que eram superados para a realização de pequenos sonhos como quebra-cabeças. Tudo valia a pena. Todo o esgotamento físico valia a pena. No sábado, 03, por exemplo, passei SEIS horas na fila para entrar no mundo do auditório Cinemark com mais 3.499 pessoas apenas para ver James Gunn, diretor de Guardiões da Galáxia, gritando “HELLO BRAZIIIIIL” e apresentar um novo conteúdo para os fãs.

Entrando na Expo, me sentia em um novo universo. Um universo onde pessoas não tinham vergonha de ser o que são. Onde pessoas se vestiam estranho, mas que quem via amava tirar uma fotografia para guardar de lembrança. Pessoas que amam o jeito nerd de ser, sem julgamentos e sem ligar para os críticos de plantão. A inveja tem sono leve e nós fizemos um barulho enorme.

Viva Milla Jovovich, viva Natalie Dormer, viva Carlos Villagrán (o Quico), viva Vin Diesel, Nina Dobrev, Michael Bisping, Neil Patrick Harris que nos ajudaram com o barulho.

Viva o grupo Omelete que trouxe uma atração exclusivamente internacional direto para o Brasil com a mesma grandeza!

Viva a Comic Con Experience

 

 

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